quarta-feira, 16 de abril de 2008

Aprovação do Estatuto da Igualdade Racial seria um marco na luta contra o racismo no nosso país.

O ministro-chefe da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Edson Santos, durante entrevista para o Bom Dia Ministro, da Rádio Nacional, falou sobre o sistema de cotas e a Agenda Social Quilombola. O projeto de lei que cria o Estatuto da Igualdade Racial está sendo discutido em Comissão da Câmara dos Deputados e prevê medidas para coibir a discriminação racial no mercado de trabalho e garantir o direito à terra das populações remanescentes de quilombos. O ministro esteve na Câmara em uma reunião com a Comissão Especial instituída pelo presidente Arlindo Chinaglia que tem como objetivo debater o Estatuto da Igualdade Racial e prepará-lo para sua aprovação no plenário. Isso significa a necessidade de fazermos uma ação junto aos parlamentares, esclarecendo-os sobre o conteúdo, porque ele contém pontos polêmicos que necessitam de debate por parte dos deputados e do conjunto da sociedade.
Promoção da cidadania <> "Esse é um processo que já vem ocorrendo no Brasil. A continuidade pressupõe o aprofundamento de medidas que buscam a igualdade racial. A Universidade do Estado do Rio de Janeiro terá, neste ano, as primeiras turmas de medicina, direito e engenharia formadas por cotas. É importante fazer um balanço desse processo, a fim de buscarmos a adoção de medidas que possam aperfeiçoar a política de cotas."
Cotas <> "O ministro da Educação, Fernando Haddad, esteve na Câmara dos Deputados para apresentar uma proposta de reformulação do sistema "S". E a questão das cotas no sistema "S" e também nos Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) estará dentro desse contexto. Eu acredito que não será adotado o sistema de cotas. A expansão do ensino técnico e profissionalizante no Brasil hoje é uma realidade, de forma que a população carente e negra está tendo acesso a esse serviço por conta de medidas do governo federal. Diferentemente das universidades, onde ainda há um fruto que elitiza o ensino, principalmente em cursos que exigem uma base de ensino fundamental mais sólida, em que os que conseguem entrar são tradicionalmente aqueles que freqüentam escolas particulares. Portanto, a política de cotas é uma política de compensação. No caso do ensino básico, a preocupação do governo é levar as escolas para junto da população carente."
História africana <> "Estamos em um processo de entendimento com o MEC no sentido de produção de material bibliográfico para orientarmos os professores que vão ministrar aulas de história da África. Ao final do ano, já devemos ter prontos quatro volumes de livros feitos por historiadores africanos que estão sendo traduzidos para o português. A lei determina também a revisão historiográfica. A condição do escravo negro sempre foi justificada pela atribuição de um temperamento ordeiro, pacífico. Ou seja, aceitava bem o sistema de escravidão. Na verdade, não era isso que ocorria. A História registra uma série de ações de inconformismo por parte da população negra. Tivemos uma série de revoltas no Brasil, desde o quilombo dos Palmares até a Revolução dos Alfaiates. Isso deve fazer parte do registro histórico do nosso país para que a presença do negro seja vista como um elemento pró-ativo. É importante também realizar toda uma revisão do processo de abolição da escravidão. Ensina-se que a princesa Isabel acordou certo dia e resolveu assinar a Lei Áurea. Isso não é verdade. Houve toda uma mobilização por parte da população negra, ordens religiosas e intelectuais que devem ser objetos de registro."

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

sexta-feira, 4 de abril de 2008

40 anos da morte de Martin Luther King

"Freqüentemente imagino que todos nós pensamos no dia em que seremos vitimados por aquilo que é o denominador comum e derradeiro da vida, essa alguma coisa que chamamos de morte. Freqüentemente penso em minha própria morte e em meu funeral, mas não num sentido angustiante. Freqüentemente pergunto a mim mesmo que é que eu gostaria que fosse dito. Então deixo aqui com vocês a resposta.Se vocês estiverem ao meu lado, quando eu encontrar o meu dia, lembrem-se que eu não quero um longo funeral.Se vocês conseguirem alguém para fazer a oração fúnebre, digam-lhe para não falar muito, para não mencionar que eu tenho trezentos prêmios (isso não é importante), para não dizer o lugar onde estudei.Eu gostaria que alguém mencionasse aquele dia em que eu tentei dar minha vida ao serviço dos outros, eu tentei amar alguém, eu tentei visitar os que estavam na prisão, eu tentei vestir um mendigo, eu tentei amar e servir a humanidade.Sim, se quiserem dizer algo, digam que EU FUI ARAUTO, arauto da justiça, arauto da paz, arauto do direito. Todas as outras coisas triviais não têm importância.Não quero deixar atrás nenhum dinheiro, coisas finas e luxuosas.Só quero deixar atrás uma vida de dedicação.E isto é tudo o que eu tenho a dizer: SE EU PUDER ajudar alguém a seguir adiante, animar alguém com uma canção, mostrar a alguém o caminho certo, cumprir o meu dever de cristão, levar a salvação para alguém, divulgar a mensagem que o Senhor deixou, então MINHA VIDA NÃO TERÁ SIDO EM VÃO. "
Martin Luther King Jr.
Eera pastor americano e morreu baleado por lutar contra o racismo nos EUA.